Personaltech, uma empresa portuguesa de tecnologia especializada no desenvolvimento de soluções web sob medida.
Um novo tipo de golpe, que aparentemente tem como foco turistas e estrangeiros, está ocorrendo em postos de combustíveis e pátios de agências de aluguéis de carros nas imediações do aeroporto do Porto, em Portugal. São quadrilhas especializadas que abordam suas vítimas como se fossem “velhos conhecidos” e, na sequência, partem para o golpe.
Sem querer se identificar, José, um brasileiro com nacionalidade portuguesa, afirma que foi abordado 2 vezes, com intervalo de apenas 45 dias, por diferentes quadrilhas. A primeira vez foi no posto Auchan, próximo ao terminal de passageiros. A segunda vez, ocorrida na terça-feira (14), por volta das 18hs, foi na porta do pátio da agência de carros AVIS, também situada nas imediações do aeroporto do Porto.
“Como é que é? Não está lembrado de mim?”, geralmente é a forma de abordagem. Parece pouco, mas para o golpista é suficiente para perceber o sotaque e a origem da vítima para criar a narrativa de aproximação. “Você não é lá do Brasil, do Rio de Janeiro?… eu era gerente lá da churrascaria…” e por aí vai a narrativa, disse José ao BRNEWS.
“Nessa conversa ele já percebe o seu sotaque, já puxa…”, alertou José. Outro fato relatado é que o golpista apresenta referências específicas do local “o cara é esperto”. Conforme a conversa vai se desenvolvendo “de uma hora para outra ele vem com uma história sem pé nem cabeça: – quanto você veste?”, explicou.
O objetivo do golpista é levar a vítima até um carro para apresentar uma série de produtos: bolças, roupas e perfumes, todos possivelmente falsificados. “Abra lá tua mala, deixa eu colocar isso aqui para você, é de graça isso aqui, não vou te cobrar nada!”, palavras do golpista. Ao desconfiar da atitude suspeita de seu interlocutor, dispara: “Isso é malandragem!”, diz José referindo-se ao comportamento do “velho amigo”.
Segunda tentativa de golpe em 45 dias
Experiente, desvencilhando-se da primeira tentativa de golpe com um intervalo de apenas 45 dias, José foi novamente abordado na porta da AVIS, uma empresa de aluguéis de carros nas imediações do aeroporto do Porto. A forma foi praticamente a mesma. Mas, sem sequer dar conversa, José partiu imediatamente para a recepção da empresa pedindo auxílio.
“Chamei a moça da AVIS, falei para ela chamar a polícia e ela falou: ‘a gente já denunciou, isso tem acontecido algumas vezes’ (…) ‘eles oferecem a bolsa, oferecem os produtos, jogam no porta-malas do carro e forçam a pagar’, foi o que ela me disse”, relatou José. Intrigado, mas sem saber como de fato seria o golpe, complementou: “Como é que vai forçar você a pagar? Eu acho meio absurdo”.
Tentamos contato com a AVIS, mas o telefone e e-mail para comunicação de imprensa, disponível no portal de empresa, não funcionam. Em contato telefônico com a linha disponível para apoio ao cliente, a atendente disse que não poderia ajudar e que os contatos (que não funcionam) são aqueles disponíveis no portal.
Considerando também o curto espaço de tempo entre as tentativas de golpes (apenas 45 dias), bem como a existência de relato que funcionários da AVIS já haviam formalizado denúncia junto a órgãos policiais, o BRNEWS entrou em contato com a PSP para apurar o que anda acontecendo nas imediações do aeroporto do Porto. Mas até o momento desta publicação, a PSP ainda não havia se pronunciado sobre os fatos.