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Noite azul no mar verde
Os arredores do Estádio José Alvalade carregavam a atmosfera que uma noite tão especial merecia. O Sporting recebia o Manchester City, uma das melhores equipes do mundo, e voltava a disputar uma partida de oitavas de final de uma Liga dos Campeões após 13 anos. Apesar do cenário complicado perante um adversário tão forte e treinado pelo possivelmente melhor treinador do século, Pep Guardiola, o torcedor leonino acreditava numa noite de luta por parte dos jogadores campeões portugueses na última temporada.
A equipe de Rúben Amorim até começou bem o jogo, mas logo aos 7 minutos, o Manchester City já mostrou o que estava por vir. Após jogada pelo lado esquerdo, Mahrez balançou as redes pela primeira vez na partida, em lance em que o assistente flagrou impedimento. VAR consultado, lance revisado: demorou um pouco, mas a tecnologia confirmou o gol dos visitantes.
O Sporting tentou esboçar uma reação, nada estava perdido, afinal, a regra de gols fora de casa já não conta na principal competição europeia. Os ex-benfiquistas Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva eram “marcados” pelos torcedores do time da casa, homenageados com sonoras vaias a cada vez que tocavam na bola. Bernardo, portanto, castigou o lado verde de Lisboa aos 17 minutos, arrematando uma paulada com seu pé esquerdo que tirava esperanças do mais otimista sportinguista.
Os donos da casa tentaram ir ao ataque, mas Pedro Gonçalves caprichou demais e não conseguiu finalizar aos 22. Aos 26 uma jogada do Sporting que terminou com chute de Esgaio para fora, em lance que também foi flagrado impedimento do lateral.
Por parte do City, tudo entrava: Foden fez o terceiro aos 32 e Bernardo marcou mais um aos 44. Um sufocante Manchester City, que pressionava a saída sportinguista com cinco jogadores à frente, e ia para o intervalo vencendo por 4 x 0. Durou 45 minutos o sonho do torcedor alviverde.
No início do segundo tempo Bernardo fez mais um, de cabeça, anulado pelo VAR. Pouco depois, aos 58, Sterling finalizou no ângulo de fora da área e esse valeu. Valeu muito. Um golaço do camisa 7 inglês.
Com 5 x 0 a favor, o Manchester só administrou o resultado até o fim do jogo, já pensando nos próximos compromissos da Premier League.
Festa mesmo na derrota
Perto dos 90 minutos, uma cena linda por parte da torcida sportinguista tomou conta dos holofotes. O estádio todo se levantou e cantou alto em apoio ao clube, ainda comemorando o título português de maio do ano passado, após quase 20 anos sem levantar o troféu. A atitude arrepiou. Se em campo era impossível o campeão português disputar contra o campeão inglês, fora de campo a torcida fez valer sua manifestação cultural em prol daquele que ama. Até jornalistas ingleses ficaram impressionados com os cânticos dos torcedores: “não é em qualquer clube”, disse um deles no elevador a caminho da coletiva de imprensa.
Pela bola do City de Guardiola, que faz tudo parecer fácil, e pela mística sportinguista após o jogo, a noite foi catártica em Alvalade. Tudo aquilo que queremos no futebol.
Ficha Técnica:
Sporting 0 x 5 Manchester City
Sporting: Adán; Pedro Porro (Luis Neto), Coates, Gonçalo Inácio, Matheus Reis e Esgaio; Palhinha, Matheus Nunes, Pedro Gonçalves (Ugarte) e Pablo Sarabia (Bruno Tabata); Paulinho (Slimani). Técnico: Rúben Amorim.
Manchester City: Ederson; Stones (Zinchenko), Rúben Dias, Laporte (Aké) e Cancelo; Rodri (Fernandinho), De Bruyne e Bernardo Silva (Delap); Mahrez, Foden (Gundogan) e Sterling. Técnico: Pep Guardiola.
Gols: Mahrez, aos 7, Bernardo Silva, aos 17 e 44, Foden, aos 32 e Sterling, aos 58.
Orgulho de nosso grande colaborador, Nuno Tibiriçá, que está brilhando nos gramados lusitanos. Parabéns Nuno!