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Mineirão em festa
O clima já é de contagem regressiva em Belo Horizonte, como não poderia ser diferente. Na noite da última quarta-feira (10), mais uma vitória contundente do Atlético Mineiro, dessa vez um 3 x 0 sobre o Corinthians, com direito a olé, lances plásticos e belos gols em um Mineirão lotado e em festa. Com o resultado, o Galo ficou ainda mais perto de erguer a taça do Campeonato Brasileiro, e próximo de quebrar um jejum de 50 anos no mais importante torneio nacional. E isso muito por conta do grande elenco formado para a temporada 2021, com jogadores que, para além de técnicos, criaram identidade com o clube dentro e fora de campo.
A quantidade de grandes nomes no terço ofensivo impressiona no atual Atlético. Hulk, Diego Costa, Savarino, Zaracho, Vargas, Nacho, entre outros, comandam o estilo de jogo intenso da equipe, mas é na defesa que começa a lista de personagens simbólicos da campanha alvinegra. No miolo da zaga, o paraguaio Júnior Alonso, com garra e técnica, já se destaca entre os melhores do Brasil na posição, e dá espaço à Réver – que dispensa comentários por sua história no Galo – quando está indisponível.
Na lateral esquerda do time de Cuca, Guilherme Arana vai se provando como o melhor brasileiro na posição atualmente, e merecedor de uma vaga entre os titulares da Seleção, com a qual sagrou-se campeão olímpico em Tóquio. Apesar de não ter se destacado na Europa quando defendeu o Sevilla, Arana recuperou seu alto nível no Atlético, ajudando tanto na defesa, quanto na criação pelas pontas e pelo meio, uma característica do jogador. Se outrora o garoto da Zona Leste de São Paulo parecia extremamente ligado ao Corinthians, o ala agora se demonstra completamente identificado com o Galo, como visto na partida contra o América-MG no último domingo (07) quando marcou o gol da vitória.
O volante Allan no meio-campo é – usando um clichê da bola – quem “carrega o piano” para os homens mais técnicos da frente desfilarem no gramado. Normalmente o primeiro homem a frente da zaga do time do Cuca, Allan, no entanto, não tem a característica de “carniceiro” que muitos treinadores preferem para um jogador dessa posição. Pelo contrário: desde que apareceu no cenário nacional com a camisa do Fluminense, o canhoto sempre mostrou técnica apurada, com boa saída de jogo e chegada à frente, mas faz o sacrifício em prol da boa engrenagem coletiva da equipe mineira.
Hulk e Cuca em alta
Apesar da grande fase de diversos outros jogadores do elenco na belíssima campanha do Galo até aqui, é impossível não dar destaque ao maior nome e símbolo da equipe: Hulk. Visto com desconfiança por boa parte da imprensa após anos longe da seleção brasileira e participando de ligas periféricas como a de Rússia e China, o atacante deu sua cara na volta ao Brasil. Contra o Corinthians, completou 60 jogos com a camisa atleticana na atual temporada, ostentando números impressionantes: 27 bolas na rede e 12 assistências, ou seja, 39 participações diretas em gols. Se em 2013 foram Ronaldinho e Jô que caíram nas graças da massa alvinegra com o título da Libertadores, em 2021 o nome do Galo deve ser de Hulk, que comemora efusivamente com a torcida a cada gol.
Por fim, outro personagem que se destaca é o próprio Cuca, que parece caminhar a passos largos para se tornar o maior treinador da história centenária do Atlético Mineiro até aqui, e tem todos seus méritos por montar uma equipe tão consistente neste campeonato. Demorou, mas falta pouco para o torcedor atleticano enfim soltar a voz.